Histórias de Dona Guiomar
escritas por Nereide S. Santa Rosa
Janeiro 19, 2001
Índice das Histórias já publicadas

Feliz Aniversário, São Paulo!

Daqui há alguns dias , São Paulo irá comemorar mais um aniversário.

É tempo de refletirmos sobre nossa cidade.

Que lugar é esse que vivemos?

Que lugar é esse que nos cativa e nos horroriza?

Que, as vezes nos deixa indignados.

As vezes, orgulhosos.

São Paulo que vi crescer e se desenvolver.

Vi sua transformação .

Sua violência e seu progresso.

Assisti momentos de sofrimento e de felicidade

Praça da Sé em 1930 Praça da Sé em 1952

Praça da Sé em 2000

Praça da Sé em 1930 Praça da Sé em 1952 Praça da Sé em 2000

Quem é você, cidade ?

Uma mistura de raças?

Ou de corações?

Um lugar de várias caras, de muitos rostos?

Um monstro?

Ou um anjo?

Que nos aconchega e nos aceita como somos

Que abraça todos como se fosse um

Que permite...

Concede...

Envolve...

E acaricia a quem dela gosta

São Paulo, minha cidade, que aceitou meus pais e tantos outros

Que permitiu nossas vidas e envolveu nossos corações

Aqui fiz minha família

Aqui vivo e quero viver

Apenas quero te ver mais bela por dentro e por fora

Mais humana

Onde está tua alma?

Descubro aqui,

neste pequeno espaço virtual,

que a alma de São Paulo somos nós....

Nós, moradores

Nós, leitores envolvidos e emocionados

Nós, paulistanos que encontramos essa forma de conviver mesmo distantes fisicamente.

Uma rede ... de afeto

Uma rede... de emoção

As mensagens chegam, repletas de carinho, de apoio e de incentivo

Revelam fatos e pessoas

Revelam a alma de São Paulo.

Pessoas como Maria Cristina, Elmo, Sonia, Luis, Nuno, Maria Beatriz, Vera Regina, Sueli, Eliana, Dora, Julia, Maria Inês, Ana Maria, Rosa, Maria Helena, Lizete, Osmar, Ruth, Dirceu e tantas mais.

Transcrevo aqui o depoimento de apenas uma delas:

"Acabei de ler alguns de seus artigos sobre o Itaim Bibi. Parabéns, Parabéns, Parabéns...
Este artigo, particularmente, tocou-me bastante, pois tive o privilégio de acompanhar de perto, dentro do "barracão", trepando naquele bloco de pedras, como qualquer garoto peralta, o evoluir da pedra para a obra de arte, símbolo pujante da raça bandeirante. Ressalte-se que, um dos rostos esculpidos no monumento é de um tio meu, talhado por Brecheret. Meu tio (tio "Chico"/ Francisco) trabalhava com o escultor, como ajudante, e minha avó cosinhava para todos que alí trabalhavam. Eu, como disse, corria por todos aqueles espaços, sem entender ainda a magnitude do que estava sendo construído, sempre que meus pais iam visitar minha avó, normalmente nos fins de semana.Por tudo isto, sensibilizou-me o seu artigo que, como máquina do tempo, transportou-me para a juventude e gerou um orgulho imenso por eu ter conhecido a semente e o semeador, o crescimento e a fase adulta dessa "árvore tão frondosa" que nos arremessa para frente, pela simples visualização, sempre que nos sentimos vencidos ou desencorajados.Obrigado Dona Guiomar! ...e Parabéns, mais uma vez!!!

Dirceu Ferreira".

Um viva para nós, paulistanos, que ainda temos esperança de uma cidade melhor. Que amamos essa cidade, apesar de tudo...

Feliz Aniversário, São Paulo.

Convide um amigo para ler esta matéria 

Envie seu comentário à autora deste artigo

Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida, armazenada em sistema de recuperação de dados ou transmitida, de nenhuma forma ou por nenhum meio eletrônico, mecânico, de fotocópia, gravação ou qualquer outro, sem a prévia autorização por escrito da autora.